segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Comidas que fazem mal;


🔺Tipos de comida que devem ser evitadas em excesso

1. Atum

Assim como o salmão, o atum é repleto de nutrientes e gorduras saudáveis, incluindo os ácidos graxos ômega-3. 
No entanto, este peixe pode conter uma substância chamada metilmercúrio em quantidades muito maiores do que as encontradas em outros peixes, e o excesso de mercúrio pode causar alguns efeitos colaterais preocupantes.

*Normalmente, os atuns maiores, servidos como filés de peixe ou utilizados em sushi, contém mais mercúrio, pois ele se acumula nos tecidos com o passar do tempo. Já os atuns menores têm mais probabilidade de serem enlatados, e a sua concentração de mercúrio pode variar, de acordo com a versão.

2. Atum branco em lata: 

*Comumente esse tipo de enlatado é derivado de peixes albacoras. 
O atum branco contém entre 4 e 5 vezes mais mercúrio do que o atum light;

3. Atum light: 

O atum light contém muito menos mercúrio do que o atum branco, tem uma cor mais escura e geralmente não é proveniente de peixes albacoras.

*O limite superior de segurança de metilmercúrio para humanos é de 0,1 microgramas por quilograma de peso corporal. Por exemplo, uma criança que pesa 25 kg deve comer uma porção de atum branco enlatado de 75 g a cada 19 días. 

*Mais do que isso excederia o limite superior recomendado e aumenta os riscos de atrasos no desenvolvimento, problemas na visão, audição e fala, falta de coordenação e fraqueza muscular.

*As mulheres grávidas também são aconselhadas a limitar a ingestão de peixes contendo muito mercúrio a não mais do que duas vezes por semana, justamente porque essa substância pode provocar danos cerebrais e atrasos no desenvolvimento do bebê.

*Sendo assim, procure intercalar o consumo de atum com outros peixes como salmão, cavala, sardinha e truta. Além de oferecer a quantidades importantes de ácidos graxos ômega-3, são menos propensos à contaminação com mercúrio.

4. Carne de fígado

Você sabia que fígado é a carne proveniente de órgãos mais nutritiva de todas? Pois é, ela carrega altas quantidades de minerais como ferro, cobre e também vitaminas como a B12 e A, todos essenciais para a saúde.

*Porém, as quantidades desses nutrientes são tão expressivas que apenas uma porção de 100 gramas de fígado bovino entrega seis vezes a ingestão dietética recomendada de vitamina A e 7 vezes de cobre, e por isso está entre os tipos de comida que devem ser evitadas em excesso.

*O fato da vitamina A ser armazenada em nossos corpos pode causar toxicidade, trazendo danos para a visão, dor óssea e aumento do risco de fraturas, náuseas e vômitos. O cobre também pode causar toxicidade, e pode aumentar o risco de doença de Alzheimer, porque seu excesso pode provocar estresse oxidativo e alterações neurodegenerativas.

Para receber os benefícios do fígado sem prejudicar a saúde, consuma-o fígado apenas uma vez por semana.

5. Canela

A canela é uma especiaria muito utilizada na culinária de muitos países. 
Além de acrescentar um sabor especial aos alimentos, ela também é utilizada medicinalmente para reduzir os riscos de desenvolver doenças cardíacas, diabetes, câncer, doenças neurodegenerativas e também combater a inflamação e baixar os níveis de açúcar no sangue, devido aos seus poderosos antioxidantes.

*Porém, a canela está classificada como um tipo de comida que deve ser evitada em excesso porque ela contém um componente ativo chamado cumarina, que é nocivo para a saúde, quando ingerido em grandes doses.

*No entanto, você pode optar por uma versão que contenha menos cumarina. Por exemplo, a canela comum, também conhecida como cassia, contém uma quantidade relativamente alta de cumarina, mas a do tipo ceilão, chamada de verdadeira canela, tem concentrações menores, sendo a melhor opção.

*Infelizmente, vários estudos descobriram que comer muita cumarina pode causar toxicidade e danos ao fígado. Durante um estudo, observou-se que uma mulher de 73 anos de idade desenvolveu uma infecção súbita no fígado após tomar suplementos de canela por apenas uma semana.

*Outro estudo realizado com roedores evidenciou que o excesso de cumarina pode causar o desenvolvimento de tumores cancerígenos nos pulmões, fígado e rins. 

Isso acontece porque ela danifica certos órgãos repetidamente, e com o tempo, o dano pode fazer com que células saudáveis ​​sejam substituídas por células tumorais, que podem se tornar cancerígenas.

Ingerir até 0,1 mg por kg de peso corporal de cumarina por dia é o recomendado. Baseando-se na ingestão diária tolerável, não é recomendado consumir mais de 0,5 e 2 gramas de cassia por dia e mais do que 5 gramas de ceilão por dia. 

*É claro que ocasionalmente um consumo superior aos recomendados pode acontecer, mas tenha em mente que essa condição não pode ser frequente.

6. Noz-moscada

Assim como a canela, a noz-moscada é muito utilizada na culinária do mundo todo. Ela é classificada como uma especiaria e frequentemente adicionada a bolos, pudins, molhos e outros pratos.

Pequenas doses de noz-moscada acrescentam sabor sem impactar a saúde. No entanto, como ela contém um composto chamado miristicina – que é uma substância psicoativa que afeta o sistema nervoso simpático, em grandes doses, pode causar intoxicação.

*Se você consumir apenas 10 gramas de noz-moscada de uma só vez já pode experimentar sintomas de toxicidade, que envolvem convulsões, arritmia cardíaca, náuseas, tontura, dor e alucinações.

Além dos efeitos de curto prazo da intoxicação, existem riscos muito mais perigosos de consumir muito desse tempero. Em alguns casos, a miristicina causou falência de órgãos, e em outros casos, a overdose de noz-moscada foi associada à morte, quando usada em combinação com outras drogas.

7. Castanha-do-Pará

A castanha-do-pará é uma das principais fontes selênio. O selênio é um mineral essencial necessário para produzir selenoproteínas, que funcionan como antioxidantes, e desempenha um papel importante na reprodução, na função da tireoide e na produção de DNA.

*Assim como outros nutrientes, o selênio pode ser tóxico em grandes quantidades. O sintoma pode incluir: dores de estômago, perda de cabelo, fadiga, alterações de humor, diarreia, cabelos ou unhas quebradiças, dentes descoloridos, problemas no sistema nervoso, gosto metálico na boca e um odor semelhante ao do alho na respiração. 

Se não for tratada, pode evoluir para uma dificuldade respiratória, tremores, insuficiência renal, ataque cardíaco ou insuficiência cardíaca.

Procure então consumir quantidades adequadas de castanha-do-pará. Aproximadamente 50 a 70 microgramas por dia é uma quantidade considerada segura para adultos, e a tolerância é de 300 microgramas. 

Porém, uma única castanha pode conter até 95 microgramas de selênio, ou seja, mais do que a quantidade diária recomendada para adultos e três vezes a quantidade exigida para as crianças.

*Isso significa que comer entre 4 e 5 castanhas pode deixar um adulto no limite da tolerância, então não coma mais do que isso.

8. Espinafre, beterraba e acelga

Alimentos verdes escuros e frondosos são fontes muito relevantes de nutrientes, como a vitamina A e C, ferro e folato. Sua composição também contém ácido oxálico, um composto que confere aos vegetais o sabor característico de terra e levemente amargo.

Um dos efeitos colaterais do consumo de grandes quantidades de ácido oxálico é que ele pode se ligar aos minerais no intestino e impedir que o corpo absorva. 

*Por exemplo, o espinafre é rico em cálcio, mas o oxalato (também presente) pode impedir que grande parte do cálcio seja absorvida pelo corpo, e quando esse tipo de alimento é combinado com fibras, pode prejudicar ainda mais a absorção de nutrientes.

*Ele também é apontado como causador de pedras nos rins, pois cerca de 80% dos cálculos renais diagnosticados são compostos de oxalato de cálcio; por esse motivo, pessoas que sofrem com essa condição são desaconselhadas a consumir muitos alimentos ricos em oxalato.
Vale reforçar que apesar de serem tipos de comida que devem ser evitadas em excesso, esses alimentos compõem uma dieta saudável, e quando consumidos com moderação contribuem relevantemente com a saúde.

9. Vegetais crucíferos

O brócolis, a couve de Bruxelas e a couve são alguns vegetais classificados como crucíferos. Eles são apontados por ajudar a reduzir o risco de câncer e doenças cardíacas.

Além de seus importantes nutrientes, os vegetais crucíferos contêm tiocianatos, produzidos quando as plantas são cortadas ou mastigadas. 

*O excesso de tiocianatos pode interferir na capacidade do organismo de absorver o iodo, interferindo na função normal da glândula tireóide, o que pode causar hipotireoidismo.

O hipotireoidismo é caracterizado por uma tireóide hipoativa, uma condição que provoca sintomas como: aumento da glândula tireóide, ganho de peso, prisão de ventre, níveis baixos de energia e pele seca.

Como os tiocianatos provenientes de vegetais crucíferos são formados quando os alimentos são quebrados, evitar incluí-los frequentemente em bebidas como os sucos verdes, que precisam ser batidas, pode evitar uma ingestão elevada desses compostos.

10. Batatas verdes

Quando as batatas são expostas à luz, elas começam a produzir clorofila, mas esse processo também pode estimular a produção de certos compostos que a protegem de danos causados ​​por insetos, bactérias, fungos ou animais famintos.

*Se a batata está verde e já começou a brotar, jogue fora. As batatas verdes contêm solanina, um pesticida natural que é tóxico para os seres humanos quando consumido em grandes quantidades.

A solanina costuma inibir uma enzima envolvida na quebra de certos neurotransmissores. Ela também pode danificar as membranas celulares e afetar negativamente a permeabilidade do intestino.

Os sintomas de envenenamento por solanina são: náuseas, vômitos, diarreia, sudorese, dores de cabeça e dores de estômago, e quando leves, eles desaparecem em aproximadamente 24 horas.

É difícil dizer exatamente quanto de solanina causa esses efeitos colaterais, mas parece que a ingestão de 2 mg por quilo de peso corporal já é o suficiente.

11. Café

O café é uma das bebidas que contêm cafeína. Embora a sua composição seja reconhecida por trazer benefícios relevantes para a saúde, como reduzir doenças do fígado, diabetes tipo 2 e doenças neurodegenerativas, altas doses de cafeína podem ter efeitos colaterais desagradáveis ​​e até perigosos. Por isso, o café encontra-se entre os tipos de comida que devem ser evitadas em excesso.

Embora a sensibilidade de cada pessoa à cafeína seja diferente, consumir em média 400 mg é geralmente considerado seguro. Mais de 500 a 600 mg por dia já pode ser excessivo e afetar o sistema nervoso, digestivo, pressão e outros.

A cafeína é conhecida por aumentar o estado de alerta. Isso acontece porque ela bloqueia os efeitos da adenosina, um químico cerebral que faz com que você se sinta cansado. 

*Porém, as doses mais altas podem provocar ansiedade e nervosismo. Ela também pode afetar o sono e trazer problemas de concentração, foco e abrir espaço para o surgimento de doenças.

Outro impacto relevante da cafeína é sua capacidade de estimular os movimentos intestinais, aumentando o peristaltismo, as contrações que movimentam a comida através do trato digestivo. Então, não é de surpreender que grandes doses de cafeína possam causar diarreia em algumas pessoas.

*Pessoas que sofrem com pressão alta também precisam se atentar ao consumo excessivo da cafeína, pois foi demonstrado que ela eleva a pressão arterial devido ao seu efeito estimulatório sobre o sistema nervoso, uma condição que aumenta os riscos de ataques cardíacos e derrames, pois pode danificar as artérias ao longo do tempo, restringindo o fluxo de sangue para o coração e o cérebro. 

Pode também aumentar os batimentos cardíacos (fibrilação atrial), uma condição comum em pessoas que consomem bebidas energéticas contendo doses extremamente altas de cafeína.

Além disso, pode causar fadiga depois que a cafeína deixa o organismo e desidratação, pois ela é um diurético.

Considerando esses fatos, a melhor alternativa é não exagerar no consumo de café e outras bebidas que contêm cafeína.

12. Feijão vermelho

O feijão vermelho é um dos alimentos que contêm muitas vitaminas e minerais vitais, como ferro, potássio, folato e vitamina K1. 
Mas, quando está cru, contém altos níveis de uma lectina chamada fitohemaglutinina.

As lectinas são uma espécie de defesa natural nas plantas para impedir que os animais as comam. Ela é um tipo de proteína que pode se ligar ao açúcar e reduz a capacidade do organismo de absorver nutrientes.

Quando ingeridas, elas não são digeridas e conseguem seguir inalteradas para o intestino, e quando estão presentes em quantidades excessivas, podem danificar a parede do intestino e causar irritação. 

*Apenas cinco feijões crus ou mal cozidos já podem causar um efeito colateral, provocando náuseas, vômitos e diarreia.

Uma unidade hemagglutinate (hau) é uma medida do conteúdo de lectina. Em sua forma bruta, o feijão vermelho contém entre 20.000 e 70.000 hau. Quando ele está completamente cozido, esse número cai para 200-400 hau, um nível considerado seguro.

Isso significa que você não deve evitar esse alimento e sim garantir que seu consumo só seja feito após ele estar devidamente cozido. Assim, você evitará a lectina e poderá receber muitos nutrientes que contribuem com a saúde.

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